segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Milhas e milhas distantes!

Meu desejo de escrever durante toda a minha viagem e contar todas as minhas experiências foi fracassado, não por falta de vontade ou escassez de historias interessantes. O culpado foi o tempo que passou mais rápido do que nunca...
Poderia ter contado sobre a Tania uma senhora de 64 anos, enxuta e que sabia Francês e Espanhol, mas precisava aperfeiçoar o Inglês... Estava na minha sala a primeira semana e sempre me tratava com tanto carinho, que uma semana foi suficiente para me marcar.
Poderia ter escrito um livro sobre Suzy, a menina da Republica Checa, que vivia sua ultima semana em Philadelphia depois de 3 meses. Minha rommmate que me doou todos seus mapas, suas dicas sobre Philly me apresentou o longo caminho até a escola, me contou sobre os vaga lumes que sempre iluminavam o caminho na noite, me apresentou a coreana Ina e Jung também. Ela era apaixonada pelo seu professor e me fez ficar umas duas tardes em uma livraria atrás de versos para que ela pudesse se inspirar na carta para ele! A suzy era um mistério para mim... as vezes calada e as vezes tagarela...Mas sem dúvidas se eu tivesse tido tempo de escrever sobre ela, o título seria "O dia em que uma garota da Republica Checa experimenta roupas de uma Brasileira". Ela chegou toda envergonhada para me pedir uma roupa emprestada para seu ultimo dia de aula!! Experimentou TODAS e só conseguia dizer "Oh my God!!" "Ohh my god" " Brazilian girls love to show their back!"... No final ela escolheu uma que não era aberta nas costas... E eu a presenteei com meu chaveiro de pimentas que ela tanto gostava.
Mingu era um coreano fofo de 17 anos que aprendeu a dizer hello em todas as línguas que tinham na nossa sala, e sempre vinha me cumprimentar com um "Oíí", e depois que ouviu o Marcos (brasileiro) dizendo "OPA", vinha com "Oíí Opaa". E o turco Ali, sempre romântico, e cavalheiro, tinha o sonho de abrir um restaurante e quase enfartou quando eu disse que no Brasil existia faculdade de gastronomia...
Ah! A maioria das pessoas sabem como não sou boa para decorar nomes, agora imaginem em ÁRABE???? Badr quase me matou, quando depois de duas semanas ele me perguntou seu nome, e eu fiquei com cara de tacho! "Mas a pronuncia é tão difícil!!" Badr me perdoou, sempre me mostrava musicas árabes, e falou que o que mais sentia saudades era de comer camêlo!"Oh my God".
Ah! Outro post que eu faria seria "Mitos e verdades", porque é claro fui viajar com ideias fixas e algumas foram prontamente quebradas, primeiramente, o primeiro mundo tem um metro horrível, vou ser justa né, o do Brasil é mil vezes mais bonito, só que lá dificilmente eu ia em pé. Segundo; os americanos não são nem um pouco frios, pelo ao contrário são simpáticos ao ponto de conversar horas com você no ponto do ónibus, e não são gordos e obesos (pelo menos na costa leste, todos pareciam bem preocupados com a aparência). E pasmem só fui a um FAST FOOD uma vez! E criem um amor imenso por Ceaser Salad, e quero um restaurante COSÌ aqui no Brasil, porque me viciei nas saladas e sandubas de lá.
Ah claro! Poderia escrever sobre minhas experiências com as compras, sobre a Walnut Street, no quarteirão da minha escola, que abrigava Zara (em sale o mês todo), Guess, Puma, Banana Republic, Armani, Diesel, GAP, Macys... etc etc etc!
Mas vou confessar que um dia me peguei procurando M.Officer, Colcci, e Costume, Guaraná.... ué vou mentir?!
Voltando a falar das pessoas especiais que conheci, Monika a estudante Suíça de 47 anos, que também era minha roommate passou um mês comigo. Foi quem me recebeu, quem me consolou quando eu cai no choro no meio do onibus no terceiro dia de aula, quem me levava para andar de bicicleta em um parque lindo,que conversava sobre signos comigo e fez até meu mapa astral, quem me contava sobres seus filhos toda orgulhosa, e sobre seu namorado Paul, que viria passar uma semana com ela em Chicago. Foi só no ultimo dia depois de receber sua linda carta que eu percebi que ela foi a minha "mãe" por um mês.
Patti, a dona da casa também era um amor, mal parava em casa e vivia louca com telefonemas do trabalho"It´s ok!" "It´s O K A Y!" era o que ela sempre dizia ao desligar o telefone, mas sempre arranjava um tempo para conversar comigo, e eu a acompanhava na meta de aniversário dela, correr não sei quantas milhas por dia.
E Mark o dono da casa, fofo sempre tentava falar português mas misturava todas as línguas possíveis menos português! "Buenos dias muy bela!" Ele era gigante tinha o sonho de ser POP STAR com sua banda de rock, mas trabalhava no jardim da casa, sempre deixando a gigante casa em ordem. Era um excelente cozinheiro, jantares maravilhosos e sempre com uma historia para nos contar... "O dia em que comprou uma moto e foi para NY", "A viagem para Rio de Janeiro com a Patti", "a surpresa que ele preparou na Itália para amada", etc etc etc.
Não poderia deixar de comentar sobre meus amigos colombianos que eu fiz lá. Era ótimo porque quando um não sabia falar alguma expressão em inglês, era só falar bem pausadamente, e talvez entenderíamos! Diego confessou que torceu pelo Palmeiras em 99 na libertadores, já que jogou contra seu time rival. Catalina (que também foi minha rommate por uma semana) me mostrou como dançar reggeton, salsa e merengue, me deixou com uma vontade enorme de experimentar a comida típica colombiana e me mostrou um vídeo com um colombiano cantando "ei psiu beijo me liga" BIZARRO!
Foi maravilhoso poder morar numa casa linda, em um lugar tranqüilo, com esquilos, mini bambis e vagalumes, e todo dia ir estudar no centro de pedra de Philadelphia! Cheio de gente, de museus, de lojas e restaurantes. Foi inexplicável viajar para New York como se estivesse indo para a praia, com um congestionamento digno de sexta feira à noite. Sou uma menina de sorte por ter ficado com a minha amiga, a mãe e o irmão que são super amados, que me mostram os principais pontos de NY, que não pararam um segundo! Empire State, Central Park, Times Square, broadway (Chicago), Statue of Liberty, 5o Avenue, SoHo, Canal Street, tudo isso em um final de semana!!!!
Sortuda tambem por ter morado em uma casa incrivel com pessoas incriveis, e studar com uma teacher fofa, super super suuuuper querida.
Foi uma experiência incrível e inenarrável, não sei se posso dizer que foi o melhor mês da minha vida, pois excluiria meus melhores amigos e minha família, mas sem dúvida foi especial. Foi o mês em que eu mais estive bem comigo mesma. ”I'm at peace with myself”.

Moraria por lá pelo simples motivo de ter um Starbucks intercalado com Donuts em cada esquina, o wi-fi já faz parte do ar americano, e todos podem andar com seus Ipads sem muitos problemas. Era só levar um avião com minha tropa que até a maioridade de 21 anos seria superada!
Philadelphia, pra sempre vou te amaaar!!
América, eu volto só depois de conhecer o "Rióó De Xaánero!"

3 comentários:

  1. hahaha eu tbm tive uma colombiana chamada Catalina e um turco Ali! É incrível como histórias de intercâmbio conseguem ser parecidas...adorei o texto, bru!! ficou lindo!!

    ResponderExcluir
  2. adorei miga, poderia ter uma viagem dessas todas as ferias nao?? mas muitas ainda estao por vim !!!!!!!!!! Estou orgulhosa de vc!!!!! beeeeejus beh-ba !! srsrs

    ResponderExcluir